A noite de sábado (9) terminou em tragédia em Cassilândia (MS). Letícia Ferreira Araújo, de 25 anos, foi morta de forma brutal minutos depois de pedir ajuda à Polícia Militar. Na ligação para o 190, ela denunciou ter sido agredida pelo marido, Vitor Ananias de Jesus, também de 25 anos, mas a chamada caiu antes que pudesse explicar mais.
Cerca de meia hora depois, uma testemunha avisou à polícia que uma mulher havia sido atropelada pelo próprio companheiro. Ao chegar, os policiais encontraram o carro batido contra o muro de uma casa e o corpo de Letícia caído ao lado do veículo.
Segundo vizinhos, a discussão começou dentro de casa. Letícia saiu correndo para tentar escapar, mas o marido acelerou o carro contra ela. O laudo da perícia afastou qualquer possibilidade de acidente: não havia marcas de frenagem e a distância exigiria aceleração para causar tamanho impacto.
O crime foi cometido na frente do filho do casal, de apenas seis anos. Vitor foi preso em flagrante na casa onde morava com a mãe, sem oferecer resistência e demonstrando frieza. Ele já tinha histórico de violência doméstica contra Letícia, com registro de ocorrência desde 2018.
A mãe do suspeito relatou à polícia que as brigas eram frequentes e que presenciava conflitos do casal há anos. Para a Polícia Civil, o caso não deixa dúvidas de que se trata de feminicídio.
Com a morte de Letícia, Mato Grosso do Sul chega a 22 mulheres assassinadas por feminicídio somente em 2025, um número alarmante que reforça a urgência de combater a violência contra mulheres.
Fonte: G1