Mensagens obtidas pela Polícia Federal revelam que uma quadrilha ligada ao PCC fraudava combustíveis e sabia com antecedência sobre fiscalizações. Com isso, conseguia suspender atividades e evitar flagrantes. Em alguns diálogos, os suspeitos até mencionam portar armas durante operações.
O esquema, que movimentou bilhões, funcionava em sete etapas:
- Porto de Paranaguá (PR) – Produtos químicos como metanol e nafta eram importados ilegalmente e usados para adulterar gasolina e etanol.
- Usinas de etanol – O grupo comprou ao menos cinco usinas no interior de SP, usadas para produzir combustível e lavar dinheiro.
- Distribuidoras – Empresas controladas pela quadrilha, como a Duvale, movimentaram bilhões em pouco tempo.
- Transportadoras – Caminhões levavam o combustível adulterado até os postos.
- Postos de combustíveis – A rede chegou a 1,2 mil postos no país, onde a ANP encontrou misturas ilegais de até 90%.
- Fintechs – Instituições de pagamento movimentaram cerca de R$ 46 bilhões em cinco anos para dificultar o rastreamento.
- Fundos de investimento – Na Faria Lima, em São Paulo, o dinheiro era aplicado em 42 fundos, totalizando R$ 30 bilhões já bloqueados pela Justiça.
Segundo a PF, a estrutura criminosa ia da importação clandestina até o sistema financeiro, transformando dinheiro ilegal em patrimônio legalizado.
Fonte: G1/Fantástico