Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

PCC usava esquema bilionário de combustíveis e antecipava fiscalizações

Quadrilha ligada ao PCC movimentou bilhões com combustíveis adulterados, usinas, fintechs e fundos na Faria Lima.
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Mensagens obtidas pela Polícia Federal revelam que uma quadrilha ligada ao PCC fraudava combustíveis e sabia com antecedência sobre fiscalizações. Com isso, conseguia suspender atividades e evitar flagrantes. Em alguns diálogos, os suspeitos até mencionam portar armas durante operações.

O esquema, que movimentou bilhões, funcionava em sete etapas:

  1. Porto de Paranaguá (PR) – Produtos químicos como metanol e nafta eram importados ilegalmente e usados para adulterar gasolina e etanol.
  2. Usinas de etanol – O grupo comprou ao menos cinco usinas no interior de SP, usadas para produzir combustível e lavar dinheiro.
  3. Distribuidoras – Empresas controladas pela quadrilha, como a Duvale, movimentaram bilhões em pouco tempo.
  4. Transportadoras – Caminhões levavam o combustível adulterado até os postos.
  5. Postos de combustíveis – A rede chegou a 1,2 mil postos no país, onde a ANP encontrou misturas ilegais de até 90%.
  6. Fintechs – Instituições de pagamento movimentaram cerca de R$ 46 bilhões em cinco anos para dificultar o rastreamento.
  7. Fundos de investimento – Na Faria Lima, em São Paulo, o dinheiro era aplicado em 42 fundos, totalizando R$ 30 bilhões já bloqueados pela Justiça.

Segundo a PF, a estrutura criminosa ia da importação clandestina até o sistema financeiro, transformando dinheiro ilegal em patrimônio legalizado.

Fonte: G1/Fantástico

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