O mercado brasileiro de soja começou setembro em compasso de espera. Mesmo com pequenas variações nas cotações, o volume de negociações segue baixo, sinalizando preocupação do setor diante das incertezas no cenário internacional e da instabilidade econômica do País.
Segundo dados do Cepea/Esalq, a saca da soja foi vendida nesta segunda-feira (1º) a R$ 139,97 em Paranaguá (PR), alta de 0,29%. Já no Paraná, a média estadual caiu 0,25%, ficando em R$ 133,92/saca.
Em Mato Grosso do Sul, os preços oscilaram levemente:
- Dourados: R$ 127,50 (+0,39%)
- Campo Grande: R$ 122,00 (estável)
- Maracaju: R$ 126,50 (+1,20%)
- Ponta Porã: R$ 128,00 (+2,40%)
No Paraná, a Copagril manteve a cotação em R$ 118,00/saca.
Pressão internacional e câmbio
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os contratos futuros tiveram leve valorização, com setembro/25 em US$ 10,37/bushel e novembro/25 em US$ 10,545/bushel. A valorização do dólar ajudou a sustentar as cotações, mas sem fôlego para impulsionar grandes negócios no Brasil.
Cenário de alerta
Com produtores e tradings à espera de sinais do mercado externo, especialmente da demanda global, o setor permanece em compasso de cautela. A falta de liquidez no mercado interno preocupa, já que a soja é um dos pilares da balança comercial brasileira.
A combinação de instabilidade econômica, incertezas cambiais e expectativas externas aumenta a tensão no agronegócio, setor que tem sustentado boa parte do crescimento do País. A demora em novos negócios pode refletir diretamente nas receitas e comprometer o fluxo financeiro do segundo semestre. (Folha CG)