Após mais de dez anos de buscas, pesquisadores localizaram em julho deste ano um ninho de harpias (Harpia harpyja) em Corumbá (MS), no Pantanal. A descoberta é considerada um marco para a ciência e para a preservação da espécie, que corre risco de extinção.
O ninho havia sido visto pela última vez em 2012, mas desde então o paradeiro da ave era um enigma. O mistério foi resolvido quando os pesquisadores observaram um casal levando galhos para reforçar o ninho, sinal de preparação para o período reprodutivo.
O que torna a harpia especial
- É a maior águia do planeta, podendo chegar a 2,20 m de envergadura.
- Tem garras tão fortes que estão entre as mais poderosas do mundo das aves de rapina.
- Vive em áreas de floresta fechada, o que dificulta sua observação.
- Seu ciclo reprodutivo é lento: coloca dois ovos, mas geralmente apenas um filhote sobrevive, e o casal só se reproduz a cada três anos.
Por que a descoberta é importante
A harpia é um indicador da saúde do ecossistema. Se ela está presente, significa que a floresta ainda mantém equilíbrio e alimento suficiente para sustentar grandes predadores. Por isso, a espécie é considerada símbolo da conservação das matas tropicais.
No Pantanal, o registro do ninho ajuda cientistas a entender melhor o comportamento da ave fora da Amazônia e reforça ações para evitar sua extinção. As principais ameaças continuam sendo o desmatamento e a caça ilegal. (G1)