O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a demonstrar preocupação com a força da oposição no Congresso Nacional. Em visita a Belo Horizonte nesta quinta-feira (4), ele pediu mobilização de militantes contra o projeto que prevê anistia a condenados pelos atos de 8 de janeiro.
Lula afirmou que existe “risco” de o Congresso aprovar a proposta e admitiu que a extrema-direita mantém grande influência política. O petista, mais uma vez, tentou transferir a responsabilidade para os apoiadores, alegando que a “batalha precisa ser feita pelo povo”.
Enquanto faz críticas a adversários e acusações contra parlamentares de direita, Lula se dedica a viagens e agendas políticas. Apenas neste ano, já esteve sete vezes em Minas Gerais, com anúncios de investimentos e promessas em diferentes regiões do estado.
A primeira-dama, Janja da Silva, também participou do encontro com ativistas e reforçou que a comunicação do governo depende do engajamento de apoiadores, admitindo a fragilidade da estratégia oficial da Secretaria de Comunicação da Presidência.
O discurso de Lula mostra dificuldade em lidar com o Congresso e revela a dependência de mobilização popular para enfrentar a pauta da oposição, que busca avançar com a proposta de anistia que pode atingir diretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). (G1)