O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, informou que a polícia já identificou um suspeito pelo assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes, morto a tiros na segunda-feira (15) em Praia Grande, litoral paulista. Derrite anunciou que será solicitada a prisão temporária do suspeito.
Segundo o secretário, o criminoso já havia sido preso pelo menos quatro vezes, por tráfico de drogas e roubo, além de ter sido apreendido na adolescência. A identidade dele não foi divulgada.
“Todos que participaram desse atentado terrorista serão punidos severamente”, afirmou Derrite, elogiando a rapidez da investigação da Polícia Civil, que conseguiu identificar um dos envolvidos poucas horas após o crime.
Ruy Fontes, de 64 anos, tinha mais de 40 anos de carreira policial e enfrentou o Primeiro Comando da Capital (PCC) ao longo de sua trajetória. Ele comandou a Polícia Civil de 2019 a 2022 e atuou em importantes departamentos de investigação, incluindo o Deic, Denarc e DHPP.
O crime ocorreu após criminosos perseguirem o veículo do ex-delegado, que colidiu com um ônibus. Em seguida, o grupo disparou mais de 20 tiros contra ele. Um segundo veículo usado no ataque não foi incendiado, permitindo que a polícia coletasse material para a investigação.
Existem pelo menos duas linhas de apuração: vingança pelo histórico de Ruy contra o PCC ou reação de criminosos insatisfeitos com sua atuação na Secretaria de Administração da Prefeitura de Praia Grande.
O governador Tarcísio de Freitas determinou mobilização total da polícia. A SSP-SP criou uma força-tarefa com policiais civis e militares, incluindo profissionais com acesso a informantes do crime organizado, para esclarecer o caso.
Ruy Fontes já havia escapado de uma tentativa de assassinato do PCC em 2010 e foi lembrado por colegas como um policial de longa atuação no combate ao crime organizado em São Paulo. (G1)
