Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Chefes de fraude na mineração são transferidos de BH para presídio federal em Campo Grande

Seis presos da Operação Rejeito foram enviados para prisão de segurança máxima em MS; esquema movimentou R$ 1,5 bilhão.
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A Polícia Federal transferiu na tarde deste sábado (20) para o Presídio Federal de Campo Grande (MS) três dos principais envolvidos em um esquema de fraudes na mineração preso na Operação Rejeito, deflagrada em Belo Horizonte na quarta-feira (17).

A investigação revelou uma organização criminosa que liberava licenças ambientais falsas para exploração mineral, envolvendo propina, empresas de fachada, “laranjas”, servidores públicos e empresários. Entre os presos estava o diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mario Seabra.

Os três transferidos são:

  • Alan Cavalcante do Nascimento – apontado como chefe do grupo.
  • João Alberto Paixão Lages – sócio de empresa e articulador do esquema.
  • Helder Adriano de Freitas – responsável por contatos com servidores e órgãos ambientais para manipular processos.

O avião com os presos saiu do Aeroporto da Pampulha, em BH, por volta das 13h.

No total, a operação prendeu 16 pessoas. Entre os crimes investigados estão organização criminosa, corrupção, lavagem de dinheiro, crimes ambientais e contra a ordem econômica.

Segundo a PF, esta é a primeira vez que presos por crimes ambientais são transferidos para um presídio federal de segurança máxima.

O esquema movimentou R$ 1,5 bilhão e atingiu o alto escalão do governo de Minas Gerais, liderado por Romeu Zema (Novo). Quatro dirigentes de órgãos ambientais e de patrimônio foram afastados ou exonerados após serem citados na investigação.

O governador Romeu Zema afirmou que a Controladoria Geral do Estado já suspeitava do esquema e que espera punição exemplar para os envolvidos. O governo estadual, em nota, reforçou que não compactua com desvios de conduta e está adotando todas as medidas administrativas necessárias. (G1)

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