O governo dos Estados Unidos incluiu a advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, na lista de sanções da Lei Magnitsky. A medida também atinge o Instituto Lex, ligado à família do ministro.
Desde 30 de julho, Moraes já estava entre os alvos da lei, que permite a punição de pessoas e entidades acusadas de violar direitos humanos fora dos EUA. As sanções envolvem bloqueio de contas e bens em território norte-americano e proibição de entrada no país.
A decisão foi publicada pelo Departamento do Tesouro dos EUA, por meio do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros.
A ampliação das sanções ocorre 11 dias após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. O processo foi relatado por Moraes no STF.
O presidente norte-americano Donald Trump, aliado de Bolsonaro, tem usado a Lei Magnitsky como forma de retaliação contra o ministro. O movimento conta com apoio de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, que vive no exterior desde março alegando perseguição política.
No Brasil, a Polícia Federal indiciou Jair e Eduardo Bolsonaro em agosto pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. No caso de Eduardo, o indiciamento também aponta sua atuação junto ao governo Trump para pressionar contra ministros do Supremo. (Agência Brasil)