Negociadores de Israel e do grupo Hamas chegam neste domingo (5) ao Cairo, Egito, para avançar nas negociações de paz mediadas pelos Estados Unidos e pelo Egito. O plano, proposto pelo ex-presidente americano Donald Trump, busca encerrar a guerra na Faixa de Gaza e garantir a libertação dos reféns israelenses.
Segundo o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, as conversas formais começam na segunda-feira (6), mas reuniões preliminares já acontecem. Ele afirmou que “90% do acordo está pronto”, restando ajustes logísticos para iniciar a troca de prisioneiros e a retirada das tropas israelenses.
O Hamas informou à agência AFP que está disposto a iniciar “imediatamente” a libertação dos reféns em troca da soltura de palestinos presos em Israel.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, confirmou no sábado (4) que sua equipe de negociadores seguirá ao Egito para “finalizar os detalhes técnicos” e declarou esperar que todos os reféns sejam libertados nos próximos dias.
O plano de Trump prevê:
- Cessar-fogo imediato após aceitação do Hamas;
- Libertação de reféns em até 72 horas;
- Retirada gradual das forças israelenses de Gaza;
- Desarmamento do Hamas e exílio de seus combatentes.
Trump alertou que “não tolerará atrasos” na implementação do acordo. Ele também informou que Israel aceitou retirar tropas entre 1,5 km e 3,5 km para dentro do território palestino como primeira etapa.
As negociações ocorrem às vésperas do segundo aniversário do ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a atual guerra.
Apesar do avanço diplomático, os ataques continuaram. No sábado (4), bombardeios israelenses em Gaza deixaram pelo menos 57 mortos, segundo a Defesa Civil local. (G1)