Um agente americano tentou convencer o piloto-chefe de Nicolás Maduro a desviar o avião presidencial da Venezuela para que o líder fosse capturado pelos Estados Unidos, revelou investigação da agência Associated Press.
O encontro aconteceu em segredo em um hangar, e o agente ofereceu dinheiro ao piloto, identificado como general Bitner Villegas, em troca da cooperação. Inicialmente, Villegas demonstrou interesse, compartilhando seu número de telefone.
O plano começou em abril de 2024, quando um informante procurou a embaixada dos EUA na República Dominicana com informações sobre aeronaves de Maduro em manutenção no país. O agente Edwin Lopez localizou os jatos e pensou em convencer o piloto a levá-los a um destino onde Maduro pudesse ser preso, como Porto Rico ou Guantánamo.
Durante reuniões e conversas longas, Lopez abordou o histórico de Villegas, membro da guarda de honra presidencial e piloto de jatos que transportavam Maduro ao redor do mundo. O agente sugeriu diretamente que Villegas desviasse o avião em troca de dinheiro e reconhecimento.
Apesar das tentativas de persuasão, Villegas não aceitou a proposta. Os Estados Unidos acabaram apreendendo os aviões em duas etapas, entre setembro de 2024 e fevereiro de 2025. Lopez manteve contato com Villegas por meses, oferecendo recompensa de US$ 50 milhões e futuro seguro nos EUA, mas o piloto bloqueou o agente e não respondeu às mensagens. (G1)