A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (13), o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, durante uma nova fase da Operação Sem Desconto, realizada em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU).
Stefanutto havia sido exonerado do cargo em abril deste ano, logo após a descoberta de fraudes envolvendo descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas. A investigação apura a existência de um esquema nacional de cobranças associativas não autorizadas em aposentadorias e pensões do INSS.
Nesta fase da operação, a PF e a CGU cumprem 63 mandados de busca e apreensão, 10 de prisão preventiva e outras medidas cautelares em 15 estados e no Distrito Federal. As ações ocorrem no Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e DF.
De acordo com a Polícia Federal, os investigados podem responder por inserção de dados falsos em sistemas oficiais, formação de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de ocultação e dilapidação de patrimônio.
Em nota, a defesa de Alessandro Stefanutto afirmou que ainda não teve acesso à decisão judicial que motivou a prisão e classificou a medida como “completamente ilegal”. A defesa sustenta que o ex-presidente vem colaborando com as investigações e confia que sua inocência será comprovada. (Agência Brasil)