Símbolo histórico e cartão-postal de Campo Grande, o Horto Florestal está cada dia mais deteriorado. Interditado desde março deste ano, o parque exibe na fachada sinais claros de abandono: grades quebradas, blocos de tijolos caídos e até uma árvore tombada. Tudo permanece assim desde a última sexta-feira (8), sem qualquer intervenção, como constatou a reportagem neste domingo (10).
O fechamento ocorreu após a queda de um eucalipto durante uma tempestade. Desde então, a promessa era reabrir o espaço quando fosse concluída uma análise de risco das demais árvores. Porém, passados cinco meses, o estudo não foi finalizado e a prefeitura ainda não apresentou um projeto de revitalização.
Em julho, cerca de 50 pessoas participaram de um protesto para cobrar ações do poder público. Entre elas estava a vereadora Luiza Ribeiro (PT), que destacou a importância cultural e social do Horto, sugerindo até uma reunião entre a prefeita Adriane Lopes (PP), órgãos de preservação histórica e representantes federais para discutir o futuro do espaço.
Questionada, a prefeitura disse em nota que não há prazo para conclusão dos estudos e afirmou que a Sisep realizou recentemente corte de árvores e reparos em grades danificadas, mas que irá “verificar a situação relatada” para definir novas ações.
O Horto Florestal já foi o único viveiro de produção de mudas de árvores da cidade e, depois de desativado, se tornou um ponto de lazer e contemplação da natureza. Possui teatro de arena, biblioteca, pista de caminhada, pista de skate e parquinho infantil. Hoje, todos esses equipamentos permanecem inacessíveis e à mercê do tempo.
Moradores temem que, sem medidas urgentes, o parque perca ainda mais da sua história e se torne apenas mais um espaço esquecido na capital.
Fonte: Campo Grande News