A Polícia Federal anunciou nesta quarta-feira (20) o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A acusação aponta suposta tentativa de coação no curso de processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
A medida, no entanto, é vista por apoiadores como mais um episódio da perseguição política que vem sendo direcionada à família Bolsonaro.
Segundo a PF, Eduardo teria atuado junto ao ex-presidente norte-americano Donald Trump para defender a liberdade de expressão e denunciar abusos de autoridades brasileiras, especialmente do ministro Alexandre de Moraes. Nos últimos meses, os Estados Unidos endureceram medidas contra o governo brasileiro e chegaram a aplicar sanções a ministros do Supremo, apontando ações autoritárias contra cidadãos e empresas de tecnologia.
Trump e aliados têm reforçado que Jair Bolsonaro é vítima de uma verdadeira “caça às bruxas”, acusando Moraes de ultrapassar limites e atacar direitos fundamentais.
Em março, Eduardo Bolsonaro pediu licença de seu mandato e se mudou temporariamente para os EUA, alegando perseguição política. O parlamentar afirma que sua voz internacional tem sido importante para mostrar ao mundo o cenário de censura e abusos no Brasil. Ainda assim, partidos de esquerda pressionam por sua cassação na Câmara.
O ex-presidente Jair Bolsonaro também enfrenta processos no Supremo, incluindo o julgamento marcado para 2 de setembro, que envolve aliados militares e políticos de seu governo. Para a defesa, as acusações não passam de uma tentativa de criminalizar adversários e calar a oposição.
Apesar das pressões, Bolsonaro e Eduardo seguem firmes, contando com o apoio de milhões de brasileiros que enxergam nas acusações uma tentativa de enfraquecer o movimento conservador no país.
Fonte: Agência Brasil