Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Anistia “light”: proposta pode beneficiar envolvidos no 8 de janeiro, mas deixa Bolsonaro de fora

Versão mais restrita da proposta reduziria penas para manifestantes, mas não alcançaria o ex-presidente Jair Bolsonaro.
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A discussão sobre a anistia aos atos de 8 de janeiro de 2023 deve voltar ao Congresso nesta terça-feira (16). O tema ganhou força após o Supremo Tribunal Federal (STF) condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado e outros crimes.

Segundo apuração da CNN, parte do STF e o Palácio do Planalto aceitariam negociar uma versão mais limitada da anistia, chamada de “light”. Essa proposta, no entanto, não incluiria Bolsonaro entre os beneficiados, o que contraria o desejo de parlamentares aliados ao ex-presidente.

O que é anistia

A anistia é prevista no Código Penal como forma de extinguir a punição de crimes. A Constituição, porém, proíbe esse benefício para delitos considerados hediondos, como homicídio, estupro, tráfico de drogas e terrorismo.

O que mudaria na proposta

O novo texto traria mudanças em relação ao projeto original, que previa perdão amplo. Os principais pontos são:

  • Redução das penas para crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Aumento da pena se a abolição do Estado Democrático ocorrer dentro de uma tentativa de golpe, como no caso de Bolsonaro;
  • Criação de um novo crime, com punição mais leve, para quem participou de atos antidemocráticos sem exercer liderança ou financiar protestos;
  • Penas maiores para quem organizou ou liderou os ataques.

O projeto amplo

Desde as condenações do 8 de janeiro, aliados de Bolsonaro defendem um texto mais abrangente, apresentado pelo PL. Essa proposta perdoaria manifestantes, caminhoneiros, empresários e outros envolvidos em atos políticos e eleitorais ocorridos entre 30 de outubro de 2022 e a entrada em vigor da futura lei.

Apesar disso, o texto não beneficia diretamente Bolsonaro. A oposição, contudo, pressiona para que o perdão alcance também o ex-presidente, o que abriria caminho para que ele volte a disputar eleições. (CNN Brasil)

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