O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta quarta-feira (27), em São Paulo, que a taxa básica de juros (Selic) deve continuar elevada por um período prolongado. Atualmente, a Selic está em 15% ao ano, uma das mais altas do mundo.
Segundo Galípolo, o Brasil descumpriu a meta de inflação em 2024 e 2025 e o processo de controle dos preços segue lento. Por isso, os juros precisarão continuar em um nível bastante restritivo, o que trava investimentos e dificulta a vida de quem precisa de crédito.
Apesar do crescimento econômico, Galípolo disse que isso ocorre mais pela resistência da renda e do mercado de trabalho do que por mérito da política econômica do governo federal. Mesmo com juros sufocando a economia, a população mantém consumo graças a programas de transferência de renda e maior nível de emprego.
Na prática, a alta de juros mostra a incapacidade do governo de garantir estabilidade e confiança na política econômica.
Fonte: Agência Brasil