O jovem Carlo Acutis foi oficialmente canonizado neste domingo (7) pelo papa Leão XIV, em cerimônia realizada na Praça de São Pedro, no Vaticano. Conhecido como o “padroeiro da internet”, ele agora é reconhecido como o primeiro santo da geração millennial.
A celebração reuniu mais de 80 mil fiéis, além de 36 cardeais, 270 bispos e centenas de padres. Foi a primeira canonização conduzida pelo atual pontífice, eleito em maio deste ano. Na mesma missa, também foi canonizado Pier Giorgio Frassati, jovem italiano que morreu em 1925 e ficou conhecido por sua dedicação aos pobres.
Durante a homilia, o papa destacou que Acutis e Frassati são exemplos de fé e solidariedade, principalmente para os jovens. “Todos somos chamados à santidade. Não desperdicem suas vidas, transformem-nas em obras-primas”, disse Leão XIV.
Quem foi Carlo Acutis
Carlo nasceu em Londres, em 1991, mas cresceu em Milão, na Itália. Desde a infância, demonstrou forte devoção à Virgem Maria e ao sacramento da Eucaristia, participando diariamente da missa, rezando o rosário e praticando a adoração.
Apaixonado por tecnologia, aprendeu programação por conta própria e criou sites para divulgar a fé católica. Essa habilidade fez com que ficasse conhecido como evangelizador digital, atraindo principalmente jovens.
Carlo morreu em 12 de outubro de 2006, aos 15 anos, vítima de leucemia. A data coincidiu com o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
O milagre reconhecido no Brasil
O processo de canonização de Carlo Acutis avançou após o reconhecimento de um milagre em Campo Grande (MS). Em 2010, durante uma missa em honra de Nossa Senhora Aparecida, uma criança doente foi levada até a Paróquia São Sebastião. Após tocar em uma relíquia do jovem, o menino teria sido curado de forma inexplicável, segundo a Igreja.
Esse caso foi considerado fundamental pelo Vaticano para a beatificação em 2020 e, agora, para a canonização.
Um exemplo para a juventude
Com a proclamação de sua santidade, Carlo Acutis passa a ser um modelo para a Igreja Católica, especialmente no diálogo com a juventude. Para muitos fiéis, ele simboliza a união entre fé e tecnologia, mostrando que é possível usar os meios digitais para levar esperança e evangelização. (G1)