O goleiro Cássio, do Cruzeiro, desabafou nas redes sociais sobre a dificuldade de matricular sua filha Maria Luiza, de sete anos, diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA), em escolas de Belo Horizonte.
Segundo ele, muitas instituições se dizem inclusivas, mas na prática recusam a matrícula de crianças que precisam de acompanhamento especializado. “Tenho tentado matricular minha filha em várias escolas, mas a resposta quase sempre é a mesma: ela não é aceita”, contou Cássio.
Maria Luiza precisa de um profissional ao lado para conseguir acompanhar as aulas. Mesmo assim, muitas escolas não permitem que o acompanhante fique na sala. “É revoltante ouvir isso justamente de escolas que afirmam aceitar todos os tipos de crianças. Se não fosse por uma única escola que a aceitou, minha filha não teria onde estudar em Belo Horizonte”, lamentou.
Cássio reforçou que a inclusão precisa ir além das palavras: “Como pai, ver sua filha rejeitada só por ser autista corta o coração. Inclusão não é propaganda bonita, é atitude. E estamos muito longe disso na prática.”
A Lei nº 12.764/2012 garante às pessoas com TEA o direito a acompanhamento especializado e prioridade na inclusão em classes regulares, com as adaptações necessárias para o aprendizado.
Fonte: Jovem Pan