Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Corregedoria da Câmara recomenda suspensão do deputado Marcos Pollon e outros dois parlamentares

Pedidos serão analisados pelo Conselho de Ética e pelo plenário.
img20250806223354745med

A Corregedoria da Câmara dos Deputados recomendou na sexta-feira (19) a suspensão do mandato de três deputados envolvidos em um motim no plenário da Casa, ocorrido em agosto, e a aplicação de censura escrita a outros 14 parlamentares da oposição.

Entre os deputados que podem ser suspensos está Marcos Pollon (PL-MS), indicado para afastamento de 90 dias. Pollon ainda enfrenta outro pedido de suspensão de 30 dias, totalizando até 120 dias. Os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Zé Trovão (PL-SC) foram recomendados para suspensão de 30 dias. Todos são acusados de obstruir a cadeira da presidência da Câmara e, no caso de Pollon, de fazer declarações difamatórias contra a Mesa Diretora.

Além das suspensões, a corregedoria indicou censura escrita para Pollon e outros 13 parlamentares, incluindo Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF) e Marco Feliciano (PL-SP).

Segundo o corregedor da Câmara, Diego Coronel (PSD-BA), o relatório foi elaborado com base em imagens internas da Casa e nas defesas dos deputados. “Atuamos com imparcialidade e agilidade, entregando nosso relatório em metade do prazo previsto. Agora, cabe à Mesa Diretora decidir sobre as recomendações”, afirmou.

Os pedidos de suspensão serão analisados pelo Conselho de Ética e pelo plenário da Câmara. A aplicação da censura escrita será decidida pela Mesa Diretora.

Motim no plenário
O motim ocorreu em 5 de agosto, quando deputados e senadores da oposição ocuparam as mesas diretoras da Câmara e do Senado para protestar contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), teve dificuldade para assumir sua cadeira devido à obstrução, especialmente pelos deputados Marcos Pollon e Marcel Van Hattem.

O ato paralisou os trabalhos legislativos e teve como reivindicações a discussão de propostas de anistia e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do STF. Parlamentares da base do governo classificaram a ocupação como “chantagem”.

No dia seguinte, a sessão plenária foi retomada por Hugo Motta, que reafirmou a necessidade de respeitar o regimento interno da Câmara. (Agência Brasil)

Compartilhe

Facebook
LinkedIn
X
WhatsApp

Cada comentário é de responsabilidade exclusiva de seu autor. Reservamo-nos o direito de recusar ou remover quaisquer comentários que não estejam alinhados com o objetivo do site ou que contenham linguagem ofensiva.