A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS aprovou nesta terça-feira (26) o plano de trabalho para investigar fraudes que somam mais de R$ 6,3 bilhões, dinheiro que deveria garantir a aposentadoria e pensões de milhares de brasileiros.
O plano prevê ouvir ex-ministros da Previdência, ex-presidentes do INSS, diretores, presidentes da Dataprev e dirigentes de entidades acusadas de envolvimento no esquema. Também foram convocados suspeitos apontados pela Polícia Federal como operadores das fraudes.
Segundo o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), todos os governos desde 2015 serão investigados, sem exceção. Já o vice-presidente, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), reforçou: “Não estamos aqui para proteger ninguém. Se houve crime, tem que ser investigado e punido, doa a quem doer.”
O relator, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), destacou que o foco é identificar os responsáveis, seguir o rastro do dinheiro e garantir que os culpados sejam responsabilizados. O esquema teria desviado recursos diretamente da renda de aposentados e pensionistas, atingindo pessoas que mais dependem desse benefício para sobreviver.
A CPMI também vai analisar por que denúncias de descontos indevidos foram ignoradas pelo INSS ao longo dos anos. Além disso, pretende propor medidas de prevenção para impedir que crimes semelhantes voltem a ocorrer.
A cobrança é clara: quem desviou dinheiro da Previdência precisa responder pelos crimes cometidos e devolver o que foi roubado.
Fonte: Agência Brasil