A CPMI do INSS ouviu na quinta-feira (18) Milton Salvador de Almeida, ex-diretor financeiro das empresas de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Ele negou qualquer vínculo societário com Antunes e afirmou que atuava apenas como prestador de serviços de contabilidade.
Milton explicou que sua função era controlar contas a pagar e receber, emitindo e pagando notas fiscais no valor médio de R$ 10 milhões por mês, conforme instruções de Antunes. Segundo ele, não tinha conhecimento das atividades irregulares das empresas e só percebeu o esquema após a visita da Polícia Federal ao escritório. Após o contato com a PF, Milton pediu o encerramento do contrato de prestação de serviços.
O antecessor de Milton, Rubens Oliveira Costa, também apontado como sócio de Antunes, será ouvido na segunda-feira (22), às 16h. Costa enviou um documento à CPMI por meio de seus advogados pedindo para depor como investigado, alegando que isso garantiria direitos constitucionais, como permanecer em silêncio. O pedido foi negado pelo presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que manteve Costa como testemunha.
Rubens Costa é citado como sócio de empresas envolvidas nas fraudes do INSS, incluindo a Acca Consultoria Empresarial, e de pessoas que recebiam valores de descontos não autorizados em benefícios de aposentados e pensionistas. Para o relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), ouvir Costa é essencial para entender seu envolvimento no esquema. (Agência Senado)