O governo Lula (PT) sofreu uma dura derrota na última quarta-feira (20) ao perder o comando da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, que investigará descontos ilegais em benefícios da Previdência. Apesar da articulação da base governista, a oposição conseguiu se organizar e elegeu o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente do colegiado, superando Omar Aziz (PSD-AM), candidato apoiado pelo Planalto.
Viana recebeu 17 votos contra 14 de Aziz e, logo após assumir, nomeou para a relatoria o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL), aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro. O resultado mostrou a falta de coordenação da base de Lula, que entrou na disputa confiante, mas terminou derrotada.
O próprio líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), admitiu o erro: “Entramos de salto alto e subestimamos o adversário”, reconheceu. Randolfe ainda colocou o cargo de líder à disposição do presidente após o fracasso.
A derrota foi agravada pela ausência de parlamentares governistas, o que abriu espaço para suplentes do PL votarem e garantirem a vitória da oposição. Se a base tivesse conseguido mobilizar seus membros, o resultado poderia ter sido diferente.
O episódio escancara a dificuldade do governo em manter maioria no Congresso e a desorganização da articulação política do PT. Enquanto isso, a oposição sai fortalecida, agora com o controle da comissão que vai investigar falhas e possíveis fraudes que atingem milhões de aposentados e pensionistas.
Fonte: G1
