O PL confirmou nesta terça-feira (16) o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como novo líder da Minoria na Câmara dos Deputados. Ele substitui a deputada Caroline de Toni (PL-SC), que renunciou ao cargo e passou a ocupar a primeira vice-liderança.
A mudança garante a Eduardo o benefício de não precisar registrar presença em votações, já que líderes e integrantes da direção da Casa são isentos dessa obrigação desde decisão da Mesa Diretora em 2015. O deputado está fora do país há meses, morando nos Estados Unidos, e poderia perder o mandato por excesso de faltas a partir do próximo ano.
Segundo o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), a medida foi tomada para proteger Eduardo, que não participa de sessões desde julho. “Estamos resguardando nosso colega, que segue atuando, mesmo à distância”, declarou.
Caroline de Toni, que deixou o posto em favor do colega, afirmou que a decisão é uma forma de evitar injustiças. “Ele está impedido de estar aqui, mas continua exercendo seu mandato”, disse.
Reação da oposição
O PT promete recorrer contra a nomeação. Para o líder do partido na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), a manobra é “um absurdo” e deve ser contestada no plenário, na Mesa Diretora e no Judiciário.
Na semana passada, Lindbergh já havia acionado o Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro e o bloqueio de salários e verbas parlamentares, alegando ausência prolongada do deputado e atuação em lobby a favor de sanções norte-americanas contra o Brasil. (Agência Brasil)