O ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, se apresentou nesta quinta-feira (13) à sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba (PR), onde foi preso. Ele era alvo de mandado de prisão na 4ª fase da Operação Sem Desconto, que apura desvios de valores de aposentados e pensionistas do INSS.
A esposa de Virgílio, Thaisa Hoffmann, também foi presa durante a ação. Segundo a investigação, empresas ligadas ao casal receberam cerca de R$ 11,9 milhões de organizações suspeitas de realizar descontos indevidos em benefícios previdenciários.
De acordo com a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), parte do dinheiro teria sido repassada pelo lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como um dos principais operadores do esquema. As apurações mostram que empresas de Thaisa teriam recebido R$ 7,5 milhões de Antunes, além de um carro de luxo transferido em nome dela.
Virgílio foi afastado do cargo em abril de 2025, no mesmo dia em que a PF deflagrou a operação que revelou o esquema de fraudes na Previdência. Logo após, ele foi dispensado oficialmente do serviço público.
Presos na Operação Sem Desconto
Até a última atualização, a lista de presos inclui:
- Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS;
- Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”;
- Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT);
- Tiago Abraão Ferreira Lopes, diretor da Conafer;
- Cícero Marcelino de Souza Santos, empresário ligado à Conafer;
- Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior, também ligado à Conafer;
- André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios do INSS;
- Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador do INSS;
- Thaisa Hoffmann, empresária e esposa do ex-procurador.
A Operação Sem Desconto continua em andamento e busca identificar todos os envolvidos e recuperar os valores desviados dos beneficiários do INSS. (G1)