Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

FANTÁSTICO: Empresário preso pela PF criou mais de 300 empresas fantasmas e movimentou R$ 2 bilhões

Golpista usava identidades falsas, laranjas e até gerentes de banco para manter esquema bilionário de fraudes.
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A Polícia Federal prendeu novamente Jobson Antunes Ferreira, conhecido como o “rei dos empréstimos”. Ele é acusado de chefiar um dos maiores esquemas de fraude financeira do país, movimentando mais de R$ 2 bilhões com a abertura de 334 empresas de fachada.

Como funcionava o esquema

Jobson, de 63 anos, usava mais de 30 identidades falsas e contava com a ajuda da esposa, Cláudia Márcia. Juntos, registravam empresas em nome de “laranjas” — muitas vezes pessoas em situação de rua — e simulavam negócios que não existiam. Para dar aparência de legalidade, até vales-refeição e folhas de pagamento falsas eram emitidos.

Segundo a investigação, contadores e até gerentes de bancos participavam do esquema. Para conseguir empréstimos, Jobson oferecia propina em dinheiro, presentes ou vantagens. Os primeiros pagamentos das parcelas eram feitos para não levantar suspeitas, mas logo eram interrompidos, deixando o prejuízo para as instituições financeiras.

Histórico de fraudes

A atuação criminosa começou ainda nos anos 2000, quando Jobson tinha uma loja de materiais de construção e passou a abrir empresas falsas para ter acesso a crédito. Desde então, o golpe foi se repetindo e crescendo, com ramificações em bancos públicos e privados.

Ele já havia sido preso em 2024, mas saiu da cadeia com tornozeleira eletrônica. Mesmo assim, continuou operando o esquema. Agora, ele e a esposa foram detidos em um condomínio de luxo em Niterói (RJ), onde viviam com o dinheiro das fraudes.

O que diz a PF

De acordo com o delegado Bruno Bastos Oliveira, Jobson comandava uma “empresa do crime” e é considerado um dos maiores estelionatários do Brasil. O casal vai responder por estelionato qualificado, lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude em financiamentos.

Defesa e posicionamentos

O advogado de Jobson e Cláudia nega os crimes e afirma que a inocência será provada durante o processo. Já a Febraban, que representa os bancos, declarou repudiar a participação de funcionários em esquemas criminosos e disse que mantém treinamentos para identificar operações suspeitas.

Fonte: Fantástico

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