O Governo Lula (PT) vive um desgaste político cada vez mais evidente. Dois anos após a reforma ministerial que entregou ministérios ao centrão, partidos como PP, Republicanos e União Brasil já mostram sinais claros de afastamento do Planalto.
A criação da Federação União Progressista (UPb) — formada por União Brasil e PP — e a derrota de Lula na disputa pelo comando da CPMI do INSS escancararam a fragilidade das articulações do governo.
Mesmo ocupando cinco ministérios, as siglas não escondem a insatisfação. O próprio presidente do PP, senador Ciro Nogueira, foi direto: “Nós iremos desembarcar desse governo o mais rápido possível, só 5% querem ficar”.
Com a “superfederação” somando 109 deputados e 15 senadores, o Planalto perde força no Congresso. E, enquanto Lula tenta segurar a base, nomes como Ronaldo Caiado (União) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) já despontam como alternativas para 2026.
A derrota na CPMI foi mais um golpe: o candidato do governo, Omar Aziz (PSD-AM), perdeu para o oposicionista Carlos Viana (Podemos-MG), que agora comanda a comissão que investigará fraudes no INSS. Até aliados reconheceram o fracasso da articulação política do Planalto.
O que se vê é um cenário de isolamento crescente e dificuldade de governabilidade. As alianças feitas por Lula em 2023 não garantiram estabilidade e, hoje, revelam-se um fardo prestes a se desfazer.
Fonte: CNN Brasil