Israel e Hamas voltaram a negociar nesta segunda-feira (6), no Cairo, Egito, em busca de um acordo para encerrar a guerra na Faixa de Gaza, que já dura quase dois anos. As conversas são mediadas por Egito, Catar e Estados Unidos, que pressionam os dois lados a aceitarem os termos de um plano apresentado pelo presidente americano, Donald Trump.
O ponto central do plano é a libertação imediata de cerca de 50 reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos em Israel. Também estão em discussão um cessar-fogo e o futuro do governo de Gaza após o conflito.
Israel aceitou a proposta dos EUA em sua totalidade. O Hamas, até agora, concordou apenas com três dos 20 pontos do plano: a libertação dos reféns, a entrega do poder em Gaza a um governo técnico e a retirada gradual das tropas israelenses do território.
Trump pediu agilidade nas negociações e ameaçou endurecer medidas contra o Hamas caso o acordo não avance. O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que “90% do acordo está fechado” e que as conversas atuais buscam resolver detalhes logísticos.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que não cumprirá nenhuma parte do acordo até que todos os reféns sejam libertados. O Hamas, por sua vez, exige o fim dos bombardeios israelenses para garantir a segurança na troca de reféns. Israel diz que só fará pausas pontuais enquanto não houver cessar-fogo.
A guerra começou em 7 de outubro de 2023, quando um ataque do Hamas em Israel matou mais de 1.200 pessoas e levou cerca de 250 reféns. Desde então, o conflito devastou Gaza, provocando mais de 67 mil mortes e deixando quase 170 mil feridos, segundo autoridades locais e dados reconhecidos pela ONU. A crise humanitária inclui fome e deslocamentos forçados de civis palestinos. (G1)