A Justiça da Itália decidiu manter presa a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que está detida em Roma desde julho. A informação foi confirmada nesta terça-feira (19) pela Advocacia-Geral da União (AGU).
Na semana passada, o Tribunal de Apelações de Roma negou o pedido da defesa para que a parlamentar cumprisse prisão domiciliar enquanto aguarda o julgamento do pedido de extradição apresentado pelo Brasil.
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023. De acordo com as investigações, ela teria sido a mentora da ação, executada pelo hacker Walter Delgatti, responsável pela emissão de um falso mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Além da pena, a deputada também foi condenada a pagar R$ 2 milhões por danos coletivos.
Após a condenação, a parlamentar deixou o Brasil utilizando sua cidadania italiana e foi localizada em Roma, onde acabou presa. O governo brasileiro oficializou o pedido de extradição em junho, encaminhado pelo ministro Alexandre de Moraes ao Itamaraty e posteriormente às autoridades italianas.
Além desse processo, Zambelli enfrenta outra condenação no STF por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal, além de responder a processos de cassação em andamento na Câmara dos Deputados. Caso não retorne ao mandato após o fim da licença de 127 dias concedida em junho, poderá perder definitivamente a vaga.
Fonte: Agência Brasil
