Quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Mato Grosso do Sul deve liberar nova megafábrica de celulose até fevereiro

Projeto da Bracell em Bataguassu prevê investimento de mais de R$ 24 bilhões e geração de empregos no chamado “Vale da Celulose”.
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O Governo de Mato Grosso do Sul deve autorizar até fevereiro de 2026 a instalação de uma nova megafábrica de celulose no município de Bataguassu. O empreendimento pertence à Bracell e representa um investimento estimado em R$ 24,3 bilhões (US$ 4,5 bilhões), consolidando o Estado como um dos maiores polos do setor no país.

De acordo com o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o processo de licenciamento está em fase final. “A expectativa é de que o Conselho Estadual de Controle Ambiental aprove a licença prévia até o início de novembro. Depois disso, o Imasul deve emitir a licença de instalação até fevereiro”, explicou.

A nova planta deve processar cerca de 2,8 milhões de toneladas de celulose por ano, sendo parte do tipo kraft e parte solúvel — esta última será a primeira produzida em Mato Grosso do Sul. Além da operação industrial, o licenciamento também prevê a elaboração de um Plano Básico Ambiental, que vai definir ações de compensação social, como construção de moradias, apoio a serviços públicos e melhorias estruturais no município.

Durante evento da Bracell em São Paulo, o secretário destacou o avanço do setor no Estado. “A entrega da licença em fevereiro vai marcar mais um passo na consolidação do Vale da Celulose, que está transformando a economia regional”, afirmou.

A Bracell, que já atua na Bahia e em São Paulo, mantém florestas plantadas em cerca de 400 mil hectares em Mato Grosso do Sul, distribuídas entre Bataguassu e municípios vizinhos. A empresa também vem cumprindo metas ambientais ambiciosas: atualmente preserva 1,08 hectare de mata nativa para cada hectare de floresta plantada, superando sua própria meta para 2030.

Outros grandes investimentos reforçam o crescimento do setor no Estado. A Arauco constrói em Inocência o que deve se tornar a maior fábrica de celulose do mundo, com capacidade de 3,5 milhões de toneladas por ano e investimento de US$ 4,6 bilhões. Já a Eldorado Brasil planeja a ampliação de sua planta em Três Lagoas, com uma segunda linha que poderá produzir até 2,5 milhões de toneladas anuais.

Com todos esses projetos, Mato Grosso do Sul caminha para ultrapassar 10 milhões de toneladas de celulose produzidas por ano, fortalecendo o Estado como líder nacional no segmento e impulsionando a geração de empregos e renda em diversas regiões. (Correio do Estado)

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