Onze pessoas foram presas em Mato Grosso nesta sexta-feira (26) suspeitas de integrar um grupo criminoso que aplicou um golpe de R$ 250 mil em uma cooperativa de Campo Grande (MS). As prisões fazem parte da Operação Euterpe, realizada pela Polícia Civil de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
Segundo as investigações, o grupo também é responsável por golpes milionários contra jogadores de futebol da Série A. Além das prisões, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Cuiabá e Várzea Grande. Os suspeitos, que se autodenominavam “Tropa de Cuiabá”, são investigados por fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos.
O delegado Ruy Peral informou que parte do dinheiro obtido com os golpes era usada para patrocinar músicas de funk, promovendo o grupo e atraindo novos integrantes.
Como funcionava o golpe
O grupo usava documentos falsos para abrir contas bancárias em nome de jogadores e transferir seus salários para essas contas. Depois, realizavam saques e compras para dispersar o dinheiro e dificultar a recuperação. Entre as vítimas estão atletas como Gabriel Barbosa (Gabigol) e o argentino Walter Kannemann.
A investigação aponta que o grupo movimentou mais de R$ 1 milhão em contas de terceiros, incluindo pessoas em Porto Velho e Cuiabá. Os suspeitos podem responder por fraude eletrônica, uso de identidade falsa, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas que podem superar 30 anos de prisão.
A operação faz parte do programa Tolerância Zero às Facções Criminosas, do Governo de Mato Grosso. (G1 MS)