A Polícia Civil e o Ministério Público de Mato Grosso do Sul cumpriram, nesta quarta-feira (10), a 2ª fase da Operação Vaga Zero, em Selvíria (MS). A investigação apura suspeitas de desvio de recursos públicos, contratos sem licitação e uso de empresas de fachada na área da saúde.
Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão na Secretaria Municipal de Saúde, no Centro de Especialidades Médicas (CEM) e em casas de servidores e suspeitos.
De acordo com o Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), os contratos investigados foram firmados a partir de 2022, sem processo licitatório, para serviços médicos de plantão e transporte de pacientes do SUS. Há indícios de superfaturamento, pagamento por serviços não prestados e cláusulas irregulares.
Dois contratos, cada um no valor de cerca de R$ 1,45 milhão, apresentavam objetos semelhantes e valores acima da real demanda do município. Um deles foi assinado com uma empresa que, segundo a polícia, não tinha estrutura para prestar o serviço.
Entre os investigados estão ex-servidores da Secretaria de Saúde e médicos ligados ao município. A operação busca evitar novos prejuízos aos cofres públicos e segue em sigilo para garantir a coleta de provas. (G1)