A Polícia Federal (PF) vai investigar um possível vazamento de informações que pode ter atrapalhado a megaoperação contra o crime organizado realizada na quinta-feira (28). A preocupação é que, dos 14 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal, oito suspeitos conseguiram escapar, incluindo dois apontados como chefes do esquema no setor de combustíveis: Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”.
Segundo a PF, os foragidos deixaram suas casas pouco antes da operação, o que levanta suspeita de que tenham recebido algum tipo de alerta. Delegados e agentes da Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (DICOR) se reuniram desde quinta para entender como a maioria dos alvos conseguiu fugir.
O inquérito vai apurar se houve envolvimento de servidores públicos ou falha no sigilo da ação, que contou com a participação de diversos órgãos, como Ministério Público, polícias estaduais, fiscais fazendários e a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Apesar das fugas, a operação resultou em apreensões consideradas relevantes, que podem revelar novos grupos ligados a fraudes milionárias, adulteração de combustíveis e sonegação de impostos.
Fonte: G1