Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Saúde: Brasil confirma 17 casos de intoxicação por metanol e investiga outros 200

Maioria dos casos está em São Paulo; governo reforça diagnóstico e distribui antídotos para agilizar atendimento às vítimas.
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O Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (6), que recebeu 217 notificações de intoxicação por metanol causada pelo consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Desse total, 17 casos foram confirmados e 200 ainda estão em investigação.

A maioria das ocorrências está em São Paulo, que concentra 82,49% dos registros: são 15 casos confirmados e 164 em análise. O Paraná confirmou dois casos e investiga outros quatro. Também há investigações em outros 12 estados: Acre (1), Ceará (3), Espírito Santo (1), Goiás (3), Minas Gerais (1), Mato Grosso do Sul (5), Paraíba (1), Pernambuco (10), Piauí (3), Rio de Janeiro (1), Rondônia (1) e Rio Grande do Sul (2).

Até agora, duas mortes foram confirmadas em São Paulo. Outras 12 estão em apuração, sendo uma no Mato Grosso do Sul, três em Pernambuco, seis em São Paulo, uma na Paraíba e uma no Ceará.

Apoio para diagnósticos

Para acelerar a confirmação dos casos, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que dois laboratórios serão referência: o da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que tem capacidade para realizar cerca de 190 exames por dia, e o da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A Unicamp também poderá receber amostras de outros estados. O ministro destacou que a notificação de casos suspeitos deve ser imediata para que o tratamento seja iniciado sem esperar a confirmação.

Estoque de antídotos

No sábado (4), o ministério anunciou a compra de 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol, ambos usados no tratamento da intoxicação por metanol.

O fomepizol, que deve chegar ao Brasil nesta semana, será distribuído aos centros de referência de cada estado. A aquisição foi feita em parceria com o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e um fabricante do Japão.

Segundo a pasta, o uso dos antídotos só deve ocorrer sob prescrição e monitoramento médico. (Agência Brasil)

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