Terça-feira, 11 de novembro de 2025

Senadores suspeitam que médica tenha sido usada como “laranja” em fraudes no INSS

Empresas em nome de Thaisa Jonasson teriam recebido milhões em repasses ligados ao ex-procurador do instituto.
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Durante depoimento à CPMI do INSS nesta quinta-feira (23), a médica Thaisa Hoffmann Jonasson negou envolvimento em fraudes que desviaram recursos de aposentados e pensionistas. Mesmo assim, senadores desconfiam que ela tenha sido usada como “laranja” pelo marido, o ex-procurador-geral do INSS Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho.

Segundo o senador Izalci Lucas (PL-DF), três empresas registradas no nome da médica receberam pagamentos do lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. O parlamentar afirmou que há indícios de que as empresas não prestaram serviços que justificassem os repasses, estimados em alguns milhões de reais.

“Os repasses têm relação com procedimentos feitos no INSS para beneficiar entidades, como a Contag. A ligação com o ‘Careca’ é que não faz sentido”, questionou Izalci.

A médica se defendeu, afirmando que todos os serviços foram prestados e que possui documentos que comprovam isso.

“Meu trabalho foi feito e não quero que ele seja desmerecido”, respondeu Thaisa.

O senador Jorge Seif (PL-SC) reforçou as suspeitas, destacando que as empresas da médica podem ter sido usadas como canais para movimentar quase R$ 15 milhões.

“Pode ser que a senhora tenha sido usada pelo esposo. Mesmo assim, isso não a isenta de responsabilidade”, afirmou.

Já o senador Fabiano Contarato (PT-ES) disse que o esquema causou um prejuízo bilionário ao INSS e defendeu punição rigorosa aos envolvidos. Ele ainda sugeriu que Thaisa fizesse um acordo de delação premiada, mas a médica recusou. (Agência Senado)

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