O local mais seguro para transportar crianças no carro é o centro do banco traseiro. Segundo o diretor científico da Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), Flavio Adura, essa posição pode aumentar em 24% a proteção da criança em caso de acidente.
Durante o 16º Congresso Brasileiro de Medicina do Tráfego, realizado em Salvador, Adura ressaltou que não há diferença de risco entre os lados direito e esquerdo do banco traseiro. O que faz diferença é a escolha correta do dispositivo de retenção — bebê conforto, cadeirinha ou assento de elevação — que pode reduzir em até 60% o risco de morte em acidentes.
A recomendação é que crianças só viajem no banco da frente a partir dos 10 anos ou quando atingirem 1,45 m de altura, momento em que já podem usar o cinto de segurança do veículo sem adaptações. As exceções são para carros que só têm banco dianteiro ou quando todos os assentos de trás já estão ocupados por crianças.
Nesses casos, é obrigatório usar o dispositivo adequado à idade, desligar o airbag do passageiro e recuar o banco da frente ao máximo. Se houver quatro crianças no carro, a que for mais alta — e não necessariamente a mais velha — deve ocupar o assento dianteiro.
Para veículos fabricados antes de 1988, que não possuem cinto de três pontos no banco de trás, a orientação é a mesma: a criança deve ir no banco da frente, com o dispositivo apropriado, airbag desligado e banco recuado.
Atenção e responsabilidade no transporte das crianças podem salvar vidas. O uso correto do assento e a escolha do lugar seguro dentro do carro fazem a diferença em situações de risco. (Agência Brasil)