Sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Trump aplica primeiras sanções contra a Rússia e pressiona Putin por cessar-fogo

Medidas atingem as maiores petrolíferas russas e marcam mudança na política dos Estados Unidos em relação à guerra na Ucrânia.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (22) suas primeiras sanções contra a Rússia desde o início de seu segundo mandato. As medidas afetam as gigantes petrolíferas Lukoil e Rosneft, principais fontes de receita do governo russo, e têm como objetivo pressionar o presidente Vladimir Putin a encerrar a guerra na Ucrânia.

De acordo com o Departamento do Tesouro dos EUA, as sanções incluem o bloqueio de bens e a proibição de transações com as duas empresas e suas subsidiárias. O órgão alertou ainda para o risco de “sanções secundárias” a parceiros que mantenham relações comerciais com as companhias russas.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que as ações visam cortar o financiamento da “máquina de guerra do Kremlin” e pediu que Moscou aceite um cessar-fogo imediato. Ele também incentivou outros países a aderirem às restrições.

A decisão representa uma mudança de postura de Trump, que até então evitava sanções diretas contra a Rússia, preferindo medidas comerciais. O republicano disse ter cancelado uma reunião com Putin na Hungria, alegando que o momento não era adequado, mas demonstrou esperança de que as restrições “não precisem durar muito tempo”.

O anúncio provocou alta de mais de US$ 2 no preço do barril de petróleo, com o Brent sendo negociado a cerca de US$ 64.

Enquanto isso, a União Europeia aprovou seu 19º pacote de sanções contra Moscou, incluindo a proibição da importação de gás natural liquefeito (GNL) russo. O Reino Unido também sancionou recentemente as mesmas empresas.

Segundo fontes diplomáticas, o novo pacote europeu ainda inclui restrições a diplomatas russos, o bloqueio de 117 novos navios da frota sombra de Moscou e a inclusão de bancos da Bielorrússia e do Cazaquistão na lista de entidades sob vigilância.

Analistas classificaram as medidas dos EUA como um passo importante, mas alertaram que só surtirão efeito se houver ações adicionais, principalmente envolvendo países que ainda compram petróleo russo, como Índia e China. (G1)

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