Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Trump vê “progresso real” com Putin e coloca Ucrânia e Otan na pauta

Apesar das divergências, Trump classifica a reunião como positiva e não descarta novo encontro em Moscou.
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A reunião entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, no Alasca, terminou sem um acordo formal. Ainda assim, Trump destacou que houve avanços e prometeu conversar nos próximos dias com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com representantes da Otan.

Segundo Trump, o encontro foi “extremamente positivo” e trouxe pontos de consenso, embora as diferenças em temas centrais ainda não tenham sido superadas. “Avançamos bastante, mas alguns pontos importantes continuam abertos”, disse ele após a cúpula.

O americano também afirmou que mantém uma relação de respeito com Putin, apesar das tensões do passado, quando investigações nos EUA apontaram suspeitas de interferência russa nas eleições de 2016.

Putin insiste nas “causas da guerra”

Putin, por sua vez, reforçou que a guerra só pode acabar se forem eliminadas o que chamou de “causas primárias” do conflito. O líder russo afirmou que Moscou deseja o fim da guerra, mas exige que suas preocupações de segurança sejam levadas em conta.

“É preciso resolver as origens do conflito para garantir um acordo duradouro. Também reconhecemos que a segurança da Ucrânia deve ser considerada”, declarou.

Antes de encerrar, Putin sugeriu uma nova reunião com Trump em Moscou. O americano reagiu com cautela, reconhecendo que a ideia pode gerar polêmica, mas não descartou o convite.

Próximos passos

Trump disse que agora pretende fazer uma série de ligações para atualizar aliados e parceiros, incluindo Zelensky e líderes da Otan. Já Putin cobrou que a Ucrânia e os países europeus não tentem atrapalhar os avanços alcançados na conversa.

Contexto da guerra

A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022 e controla cerca de 20% do território vizinho, incluindo as regiões de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Enquanto Trump pressiona por um acordo de paz, os dois lados seguem intensificando ataques: Kiev tem levado operações militares para dentro da Rússia, enquanto Moscou mantém bombardeios e ofensivas com drones.

O conflito já deixou milhares de mortos — em sua maioria, ucranianos — e milhões de pessoas foram deslocadas. Estimativas dos EUA apontam que cerca de 1,2 milhão de pessoas já morreram ou ficaram feridas desde o início da guerra.

Fonte: CNN Brasil

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