Duas pessoas foram presas no sábado (25) na França, suspeitas de envolvimento no roubo de oito joias do Museu do Louvre, em Paris. O crime, que ocorreu há uma semana, mobilizou forças especiais e reacendeu memórias de outros furtos históricos no museu mais famoso do mundo.
De acordo com o Ministério Público de Paris, um dos suspeitos foi detido no aeroporto Charles-de-Gaulle, quando tentava embarcar para fora do país. O outro foi preso em um bairro da região metropolitana. Ambos estão sendo investigados por “furto organizado” e “associação criminosa”.
A operação foi conduzida pela Brigada Antibanditismo de Paris (BRB) e pelo Escritório Central de Combate ao Tráfico de Bens Culturais (OCBC). A polícia pode manter os detidos sob interrogatório por até 96 horas.
O roubo das joias da Coroa
No domingo (19), criminosos escalaram a fachada do Louvre usando uma plataforma, arrombaram uma janela e quebraram vitrines da Galeria de Apolo, onde ficam expostas joias da antiga monarquia francesa. A ação durou apenas quatro minutos.
Entre as nove peças levadas estava a coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III, com 1.354 diamantes e 56 esmeraldas. A joia foi encontrada danificada nas proximidades do museu. As demais ainda estão desaparecidas.
O ministro do Interior francês, Laurent Nuñez, classificou o crime como “um roubo de valor inestimável” e destacou que os ladrões “atuaram com precisão e planejamento”.
História de furtos no Louvre
Fundado em 1793, o Museu do Louvre guarda mais de 33 mil obras, incluindo a Mona Lisa, a Vênus de Milo e a Vitória de Samotrácia. Mas também carrega um histórico de furtos marcantes.
O mais famoso ocorreu em 1911, quando o italiano Vincenzo Peruggia roubou a Mona Lisa escondendo-se no museu e saindo com o quadro debaixo do casaco. A obra foi recuperada dois anos depois, em Florença — episódio que a transformou no quadro mais famoso do planeta.
Outros roubos aconteceram ao longo dos séculos, incluindo o furto de armaduras renascentistas em 1983, recuperadas apenas quatro décadas depois.
Críticas e reforço na segurança
Após o roubo recente, o museu reforçou a segurança e foi fechado temporariamente para perícia. Visitantes foram evacuados e as investigações continuam para recuperar as joias e identificar outros envolvidos.
O caso provocou críticas políticas sobre a fragilidade da segurança no Louvre. O governo francês promete intensificar a vigilância enquanto segue com o projeto de modernização do museu, avaliado em mais de €700 milhões. (G1)
