O transporte coletivo de Campo Grande ficou parado por cerca de 1h30 na manhã desta quarta-feira (22), devido à paralisação dos motoristas. O serviço foi suspenso entre 5h e 6h30, horário em que os ônibus costumam iniciar a circulação.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo e Urbano (Sttcg), a greve foi motivada pelo atraso no pagamento do adiantamento salarial, o chamado vale. O presidente do sindicato, Demétrio Freitas, afirmou que o Consórcio Guaicurus informou não ter recursos disponíveis, alegando falta de repasses da prefeitura.
“O consórcio disse que não vai conseguir pagar o vale porque a prefeitura deixou de repassar os valores. Não temos previsão de quando vamos receber”, declarou Freitas.
A prefeitura informou que está apurando o motivo da paralisação e que mantém diálogo com o consórcio para evitar novas interrupções. Já o Consórcio Guaicurus lamentou o transtorno e afirmou enfrentar “graves dificuldades financeiras” devido à falta de repasses e ao desequilíbrio econômico do contrato.
A Câmara Municipal também se mobilizou. A Comissão de Transporte Coletivo convocou uma reunião de urgência nesta manhã. Segundo o vereador Lívio Leite, o consórcio já havia alertado a prefeitura sobre o risco de paralisação por meio de ofícios enviados anteriormente.
Reflexos para a população
A suspensão do transporte pegou os passageiros de surpresa. Muitos trabalhadores tiveram dificuldade para chegar ao serviço.
“Acordei e fiquei sabendo que os ônibus estavam parados. Foi um transtorno enorme”, contou Elza Ferreira, funcionária de serviços gerais.
Com os ônibus fora de circulação, os preços das corridas por aplicativo dispararam. Viagens que custavam cerca de R$ 40 chegaram a ultrapassar os R$ 90, segundo relatos.
O Consórcio informou que as linhas voltaram a operar normalmente por volta das 6h e que uma assembleia geral foi convocada para o dia 27 de outubro, a fim de discutir o atraso no pagamento dos trabalhadores. (G1 MS)
