Sexta-feira, 14 de novembro de 2025

Ibama autoriza Petrobras a perfurar poço de petróleo na Margem Equatorial

Licença ambiental permite início imediato das pesquisas em área considerada o “novo pré-sal” brasileiro.
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A Petrobras recebeu do Ibama a licença ambiental para iniciar a perfuração de um poço de petróleo na Margem Equatorial, região ao norte do país apontada como uma das novas fronteiras energéticas do Brasil. A estatal informou que a operação começará imediatamente no bloco FZA-M-059, em águas profundas do Amapá — cerca de 175 km da costa e 500 km da foz do rio Amazonas.

A perfuração faz parte de uma fase de pesquisa exploratória, que deve durar aproximadamente cinco meses. O objetivo é coletar dados geológicos para confirmar a presença de petróleo e gás em escala comercial. Nesta etapa, não há produção de petróleo, destacou a empresa.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, comemorou a autorização, chamando-a de “conquista da sociedade brasileira”. Ela afirmou que o processo levou cinco anos de diálogo com órgãos ambientais e reforçou o compromisso da companhia com a segurança e a proteção ambiental.

Segundo o Ibama, a liberação ocorreu após um rigoroso processo de licenciamento, que envolveu estudo de impacto ambiental, três audiências públicas e 65 reuniões técnicas em mais de 20 municípios do Pará e do Amapá. O órgão também realizou vistorias nas estruturas de emergência e simulados de resposta a incidentes, com a participação de mais de 400 pessoas.

Entre as exigências, a Petrobras precisou ampliar as ações de proteção à fauna, incluindo a criação de um novo centro de atendimento em Oiapoque (AP).

A Margem Equatorial tem atraído atenção por abrigar reservas semelhantes às descobertas na Guiana, Guiana Francesa e Suriname. No Brasil, a área vai do Rio Grande do Norte ao Amapá.

O processo de licenciamento começou em 2013, quando o bloco foi arrematado pela britânica BP e repassado à Petrobras em 2021. Após uma negativa em 2023, o Ibama reconsiderou o pedido, com apoio de setores do governo e do Congresso.

A Petrobras considera o projeto estratégico para garantir a autossuficiência energética do país e evitar futuras importações de petróleo. Já ambientalistas alertam para os riscos à biodiversidade e apontam que a exploração contraria os objetivos da transição energética rumo a fontes mais limpas. (Agência Brasil)

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