A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul apura se o avião de pequeno porte que caiu na noite de terça-feira (23), em Aquidauana, no Pantanal, estava sendo usado como táxi-aéreo clandestino. O acidente matou quatro pessoas.
A aeronave, modelo Cessna 175 de 1958, já havia sido apreendida em 2019 durante a Operação Ícaro, que combateu voos ilegais na região. Na época, ela foi devolvida ao dono por decisão judicial, reformada e, em fevereiro deste ano, liberada apenas para voos particulares e diurnos. O avião não tinha autorização para transporte pago de passageiros.
Entre as vítimas estão o arquiteto chinês Kongjian Yu, conhecido mundialmente pelo conceito das “cidades-esponja”, e os cineastas brasileiros Luiz Ferraz e Rubens Crispim Jr., que trabalhavam em um documentário sobre o tema. O piloto era Marcelo Pereira de Barros, morador de Aquidauana e proprietário da aeronave.
Testemunhas relataram que o avião tentou arremeter na hora do pouso, mas caiu ao lado da pista e explodiu. O acesso difícil à fazenda Barra Mansa, onde ocorreu o acidente, complicou o trabalho do Corpo de Bombeiros, que levou cerca de nove horas para resgatar os corpos.
A Força Aérea Brasileira (FAB) e o CENIPA investigam as causas da queda. (G1 MS)