Novas imagens que circulam nas redes sociais mostram o momento em que dois ladrões fogem do Museu do Louvre, em Paris, usando um guindaste acoplado a um caminhão. O roubo aconteceu no último domingo (19) e resultou no desaparecimento de oito joias avaliadas em mais de R$ 550 milhões.
O vídeo, confirmado pelo jornal francês Le Parisien, mostra os criminosos descendo do guindaste e fugindo em motos, enquanto pessoas gritam nas proximidades. Nenhum segurança ou policial conseguiu impedir a ação, que durou cerca de sete minutos.
Assista o vídeo aqui.
Apenas uma das joias, uma coroa danificada deixada para trás, foi recuperada. A polícia francesa acredita que quatro suspeitos participaram do crime.
Falha de segurança e críticas à direção
A diretora do Louvre, Laurence des Cars, admitiu falhas graves no sistema de segurança do museu. Segundo ela, a janela usada pelos ladrões não era monitorada por câmeras, e o sistema externo era “muito insuficiente”.
Ela chegou a oferecer sua renúncia à ministra da Cultura, Rachida Dati, que não aceitou. O museu reabriu nesta quarta-feira (22) com reforço na vigilância e presença policial.
Tesouros levados
Entre as peças roubadas estão:
- Coroa com safiras e quase 2 mil diamantes;
- Colar com safiras do Sri Lanka e 600 diamantes;
- Joias da imperatriz Maria Luisa, com 32 esmeraldas e mais de 1.100 diamantes;
- Broche da imperatriz Eugênia, avaliado em cerca de R$ 42 milhões.
O item mais valioso, o diamante Regent, de 140 quilates e estimado em R$ 377 milhões, não foi levado.
Repercussão na França
O presidente Emmanuel Macron classificou o roubo como um ataque ao patrimônio nacional e prometeu que os responsáveis serão punidos. O ministro do Interior, Laurent Nuñez, disse que os ladrões agiram com precisão e experiência.
Autoridades investigam se o crime foi encomendado por um colecionador ou tem relação com organizações criminosas e lavagem de dinheiro.
O Louvre e sua história
Com mais de 33 mil obras e quase 9 milhões de visitantes por ano, o Louvre é o museu mais visitado do mundo. Entre suas peças mais famosas estão a Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, e a Vênus de Milo.
Essa não é a primeira vez que o museu enfrenta um roubo histórico — em 1911, a Mona Lisa foi furtada e só recuperada dois anos depois. (G1)
