Sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Bolsonaro e aliados podem recorrer de condenação e não serão presos de imediato

Defesas podem recorrer à própria Primeira Turma do STF; penas só serão aplicadas após análise dos recursos.
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A decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados pela trama golpista ainda não tem aplicação imediata. Isso porque os réus podem apresentar recursos antes do cumprimento das penas.

Entre os crimes apontados estão: organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Veja como votaram os Ministros:

Como funcionam os recursos

Após a publicação do acórdão, as defesas poderão entrar com embargos de declaração, recurso usado para questionar omissões ou contradições no julgamento. Esse tipo de medida dificilmente muda o resultado, mas pode atrasar a execução da pena.

Com o placar de 4 votos a 1, os condenados não terão direito de levar o caso ao plenário do STF. Para isso, seriam necessários pelo menos dois votos pela absolvição.

Somente após a análise dos embargos, o relator, ministro Alexandre de Moraes, poderá determinar o início do cumprimento das penas. Não há prazo definido para isso.

Prisão especial

Os réus não devem cumprir pena em celas comuns. O Código de Processo Penal prevê prisão especial para oficiais das Forças Armadas e delegados da Polícia Federal.

Entre os condenados estão:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente (capitão da reserva);
  • Walter Braga Netto, general e ex-ministro;
  • Augusto Heleno, general e ex-ministro do GSI;
  • Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa;
  • Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;
  • Alexandre Ramagem, delegado da PF e deputado federal;

O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, não foi condenado porque fez acordo de delação premiada com a Polícia Federal.

Atualmente, Bolsonaro já cumpre prisão domiciliar, mas em outro processo, no qual é investigado por articulações com o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. (Agência Brasil)

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