Quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Estudante de Direito suspeita de matar e avisar polícia sobre os crimes em SP e RJ

Ana Paula Veloso Fernandes, de 36 anos, é investigada por envenenar e matar pelo menos quatro pessoas. Segundo a polícia, ela mesma ligava para comunicar as mortes e tentava controlar as investigações.
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A polícia descobriu um padrão nas ações de Ana Paula: em todos os casos, ela se apresentava como denunciante, testemunha ou até suposta vítima, usando os registros para manipular as apurações. “Ela criava versões, inventava ameaças e usava a própria polícia para sustentar a narrativa dela”, disse um investigador.

Primeira vítima: vizinho em Guarulhos

Em janeiro, Ana Paula avisou a Polícia Militar sobre o vizinho Marcelo Fonseca, que não respondia em casa. Investigadores afirmam que ele foi envenenado dias antes. Ela chegou a morar na casa dele alegando aluguel, e em imagens gravadas, aparece sorrindo ao saber da morte.

Novas denúncias e tentativas de manipulação

Em maio, Ana Paula denunciou a morte de Maria Aparecida Rodrigues, conhecida por aplicativo de relacionamentos, usando um nome falso. Alegou que a vítima havia sido assassinada por um policial militar. Quando a morte foi registrada como natural, voltou a ligar, dizendo ter encontrado um bolo “com cheiro de morte” — a perícia não encontrou nada.

Investigações mostraram que Ana Paula esteve presente em todas as mortes e sempre registrou os boletins de ocorrência, incluindo o de Rider Mahares, de 21 anos, com quem teve relacionamento, e de um idoso no Rio de Janeiro, envenenado a pedido da filha.

Prisão e investigação

O comportamento de Ana Paula foi crucial para enquadrá-la como suspeita de serial killer. Ela e a irmã, Roberta Fernandes, investigada por participação nos crimes, estão presas preventivamente. O caso é acompanhado pelo Núcleo de Análise Comportamental do Departamento de Homicídios de SP.

“A motivação pouco importa para ela. Ela quer matar e ser vista como quem descobre o crime”, disse o delegado Halisson Ideião. Ana Paula confessou participação em dois assassinatos, mas nega ter usado veneno. A defesa afirma que ela apenas relatou os fatos e que a verdade será esclarecida ao fim das investigações. (G1 MS)

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