O governo dos Estados Unidos enviou nesta sexta-feira (24) um grupo de ataque naval para o mar do Caribe, aumentando a presença militar na região em meio à crescente tensão com a Venezuela. A frota é liderada pelo USS Gerald Ford, o maior e mais moderno porta-aviões do mundo.
A ordem foi dada pelo secretário de Guerra americano, Pete Hegseth, a pedido do presidente Donald Trump. O grupo inclui três destróieres — USS Mahan, USS Bainbridge e USS Winston Churchill — além de esquadrões de caças F-18 e helicópteros MH-60.
De acordo com o Pentágono, a operação faz parte de uma estratégia para “reforçar a segurança no Hemisfério Ocidental” e combater “atividades ilícitas” na região. O USS Gerald Ford, capaz de abrigar até 90 aeronaves de guerra, deve chegar ao Caribe nos próximos dias.
A decisão foi classificada pela imprensa americana como uma “grande escalada militar” contra o governo de Nicolás Maduro. Nos últimos meses, os Estados Unidos bombardearam dez embarcações venezuelanas e intensificaram ações contra supostos cartéis de drogas ligados ao regime chavista.
Trump acusa Maduro de chefiar o Cartel de Los Soles e dobrou a recompensa por sua captura para US$ 50 milhões (cerca de R$ 269 milhões). Já o líder venezuelano denuncia que os EUA querem tirá-lo do poder e pediu publicamente que Trump evite um conflito: “No crazy war, please” (“Nada de guerra maluca, por favor”).
Apesar de o governo americano justificar as ações como parte do combate ao narcotráfico, dados da ONU apontam que a droga responsável pela maioria das overdoses nos EUA, o fentanil, vem do México — e não da Venezuela. Mesmo assim, a frota foi enviada ao Caribe, aumentando a tensão e o temor de uma possível intervenção militar americana no país vizinho. (G1)
